Sentença da alma.

Sentença da alma.


O sentimento mais poderoso que habita as entranhas da emoção humana, e que domina silenciosamente a humanidade, é o julgamento. Ele se impõe como um “Juiz” interno, que condena, sentencia e nos aprisiona no cárcere invisível das emoções. Suas correntes são forjadas no medo. Mas por que o medo?Porque o julgamento corrói o ser. Ele nasce da ilusão de estar certo enquanto o outro está errado; nasce da ideia de que o mundo inteiro é falho, menos aquele que julga.

O julgamento também destrói silenciosamente quando faz o ser acreditar que não é digno, que tudo de ruim que acontece é culpa sua.Existem duas vertentes do julgamento que são prisões:

1. A que condena o outro.

2. A que condena a si mesmo.

Ambas nos afastam da liberdade do espírito.

Mas como nos libertar desse sentimento cruel e avassalador? A resposta está na prática diária do não julgar. É um treinamento constante. No começo, parece impossível, mas pouco a pouco a consciência se expande, e vamos percebendo que não existe o “outro errado” e o “eu certo”. Essa separação é apenas uma ilusão criada pelo próprio julgamento.

Todos conhecem os princípios do bem e do mal. Inserir esses princípios na rede dos julgamentos pode ajudar no processo de expansão da consciência — um processo que acontece aos poucos, que não é brusco, mas transformador.

E assim, lentamente, vamos nos despindo da beca do “Juiz” interior. Vamos nos tornando leves. Vamos nos libertando.